Existe uma tensão apropriada na relação
entre os cristãos e o mundo. Servimos a um Senhor que veio para trazer
vida abundante (João 10.10), que venceu o mundo (João 16.33), que está
sujeitando todas as coisas aos seus pés (Efésios 1.22), que verá todo
joelho se dobrar e toda língua confessar que Ele é Senhor, para a glória
do Pai (Filipenses 2.10). Jesus é o segundo Adão que teve sucesso onde o
primeiro Adão fracassou, não somente por obedecer à lei de Deus
perfeitamente, não somente por expiar nossa falha em guardar a lei, mas
por cumprir o mandato de domínio. A igreja, que é a segunda Eva, ou
noiva do segundo Adão, é uma ajudadora idônea de Jesus para cumprir esse
chamado. Estamos em união com ele, ossos de seus ossos. Devemos estar
engajados em insistir sobre os direitos régios do Rei Jesus.
O problema é que nós, como os discípulos
antes de nós, frequentemente somos mais zelosos pelo nosso próprio
sucesso, pela nossa própria glória do que o somos pelo reino. Eles
queriam saber quem seria o primeiro no reino. Muitas vezes fazemos o
mesmo. A noção de “a teologia da glória” é um meio de nos advertir
contra essa tentação. Fundamentada no pensamento luterano, somos
lembramos que as armas da nossa guerra não são carnais (2 Coríntios
2.10), que o primeiro será o último e o último será o primeiro (Mateus
20.16). Somos chamados a morrer pelos nossos inimigos, e não a matá-los;
a dar livremente em vez de tomar; a oferecer a outra face; e até mesmo a
viver em paz e quietude com todos os homens, tanto quanto possível.
Isso os luteranos chamam sabiamente de “a teologia da cruz”. Devemos
viver vidas de sacrifício.
Um retrato desequilibrado do lado da
glória é encontrado no evangelho da prosperidade. Essa heresia ensina
que é a vontade de Deus que todos nós desfrutemos de grande saúde e
riqueza, que como filhos do Rei todos devemos viver como príncipes. Um
retrato desequilibrado do lado da cruz é encontrado na heresia ascética –
não coma, não beba, não toque. Aqui as bênçãos de Deus são malvistas,
vistas como sinal de mundanismo e não como dons das mãos de Deus. Aqui a
pobreza é vista como uma virtude em si mesma. O pior de tudo é que essa
perspectiva pode se degenerar numa negação do reinado de Cristo sobre
todas as coisas.
Nosso chamado não é buscar nosso próprio
conforto, muito menos nossa glória. Antes, somos chamados a tornar
conhecida a glória do nosso Rei. Devemos tornar visível o reino
invisível de Deus. Contudo, fazemos isso através de meios ordinários. À
medida que trabalhamos fielmente, em vez de subir a escada financeira, à
medida que trocamos fraldas, em vez de contar o nosso ouro, à medida
que Ele é exaltado e nós humilhados, não estamos evitando a glória da
cruz, mas sim abraçando a glória da cruz. Vivemos morrendo. Vencemos
perdendo. Conquistamos recuando. Nos orgulhamos de nossa fraqueza.
Jesus reina. Mas quanto a nós, seus
súditos, não são muitos os sábios, nem muitos os poderosos, nem muitos
os nobres. Portanto, aquele que se gloria glorie-se no Senhor. Quando
mais manifestamos a Cristo e ele crucificado, mais manifestamos o seu
reinado soberano.
Fonte: Highlands Ministries
Olá. Obrigada por visitar meu blog. Estamos na luta contra as heresias e o falso evangelho. Seu blog também é uma benção. Fique com Deus.
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